LGBT+ são mais vulneráveis em desastres como o do RS?
No Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, queremos abordar uma questão crucial: as pessoas LGBT+ são mais vulneráveis em desastres climáticos?
A resposta curta é: Sim. Mas não é que chove mais no nosso vale. A questão é o acesso ao amparo.
Os impactos da mudança climática acentuam as desigualdades sociais. Isso já sabemos. Com as comunidades LGBT+ isso não é diferente. Pessoas LGBT+, especialmente as trans, enfrentam discriminação em abrigos e na distribuição de ajuda. Muitas das instituições beneficentes que oferecem amparo são afiliadas a religiões que frequentemente têm preconceitos contra as LGBT+, vendo as nossas como menos dignas de assistência.
A LGBTfobia estrutural* acentua nossa marginalização, deixando pessoas LGBT+, especialmente as trans, sem amparo crítico durante essa tragédia.
Para enfrentar essa realidade, é crucial apoiar fundos e ações de amparo que incluam pessoas LGBT+ e trans. Ações que ofereçam assistência necessária, livre de discriminação, e que suas humanidades sejam respeitadas durante esse momento de crise.
A Ong Somos é de Porto Alegre, nossa parceira de Bonde, um projeto que promoveu uma série de ativações na cidade no finalzinho de 2023. A galera da @ongsomos, que conhece e participa das ações de amparo, recomenda a @casamulheresmirabal e a @cozinhassolidariasmtst para quem se interessar em doar ou apoiar de outro jeito.
Neste Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, bora pensar sobre como podemos contribuir para uma resposta mais inclusiva?
*A LGBTfobia estrutural se manifesta não apenas através de violência explícita, mas também por meio de exclusões sutis e discriminações institucionais que afetam negativamente a vida de pessoas LGBT+, limitando seu acesso a direitos básicos, como saúde, moradia, e proteção contra violência.